Porta-a-porta, as “sentinelas da paz e dos conflitos armados” continuam a alertar as famílias sobre os conflitos nas comunidades e a identificar, reportar e retirar menores em situações de uniões prematuras nos distritos de Montepuez, Chiúre e Ancuabe (Cabo Delgado); Cheringoma, Chibabava, Nhamatanda (Sofala); Báruè (Manica) e Meconta (Nampula).

Nas suas jornadas, elas promovem reflexões sobre a participação e liderança das mulheres nos espaços de tomada de decisões; prestam apoio psicológico às vítimas de violência baseada no género, num acto de solidariedade e de cuidados entre as mulheres; e levam as preocupações das mulheres e raparigas às lideranças comunitárias e do Governo.

E uma das preocupações levadas ao Governo está relacionada com o facto de algumas mulheres não estarem a beneficiar de pensões no âmbito do processo de desmobilização, desarmamento e reintegração dos antigos guerrelheiros da RENAMO.

Em Montepuez, as “sentinelas da paz” incentivam as mulheres deslocadas que vivem no centro de acolhimento de Macacão a participarem activamente nos encontros de tomada de decisões para influenciar agendas comunitárias a favor das mulheres e raparigas.

"A participação das mulheres nos processos políticos e de paz e segurança é um direito. Nós devemos exercer esse e outros direitos para alcançarmos a paz, uma necessidade urgente das mulheres. Temos que construir uma paz resiliente para evitarmos viver num ciclo de conflitos e violência”, assinala Bernardete, uma “sentinela da paz” de Montepuez.

Em Chibabava, no centro de Moçambique, as “sentinelas da paz” juntaram mulheres para realizar actividades de poupança. Elas acreditam que, além de conhecer os seus direitos, empoderar-se economicamente ajuda a construir alicerces para a segurança e a paz que tanto precisam.

"Não podemos ter paz se somos dependentes economicamente, se não temos liberdade financeira. Na nossa comunidade há muitas mulheres sofrem violência porque são dependentes dos seus violadores e não sabem que elas são capazes de contribuir para a economia da família e da sua comunidade", explica uma “sentinela da paz” de Chibabava.

Estas actividades das “sentinelas da paz” são realizadas à luz do projecto "Promovendo a participação e a liderança das mulheres e mulheres jovens nos processos de paz, segurança e recuperação em Moçambique”.

Também conhecido por “Elas por Elas”, o projecto é implementado pelo consórcio de organizações da sociedade civil que integra o CESC, OPHENTA e IESE, em parceria com a ONU Mulheres e o Governo de Moçambique, e com o apoio financeiro do Governo do Reino da Noruega.

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