As escolas seguras e acolhedoras, uma abordagem do Programa Avançando a Educação das Raparigas (AGE), estão a contribuir para a retenção das raparigas na escola e estão a reforçar a consciência das comunidades sobre a necessidade de denunciar casos de uniões prematuras.
Trata-se de uma abordagem que concorre para a criação de um ambiente positivo na escola, onde todas as crianças se sentem seguras e capazes de aprender e de aumentar a sua confiança emocional para prosperar na escola, em casa e nas suas comunidades.
A avaliação foi feita pelos chefes das Repartições de Educação Geral dos 12 distritos (seis da província da Zambézia e outros seis de Nampula) de intervenção do AGE, um programa implementado pelo CESC com o apoio financeiro da USAID.
No distrito de Murrupula, por exemplo, o chefe da Repartição de Educação Geral, Jorge Lapueque, afirmou que graças à implementação da iniciativa escolas seguras e acolhedoras, o sector da educação conseguiu lidar com quatro casos de violência denunciados nas escolas, sendo um de violência sexual e três de uniões prematuras.
"Os responsáveis por esses casos estão sob custódia das autoridades, aguardando julgamento", disse Lapueque, acrescentando que os casos foram registadas nas escolas de Injovola e Natari, onde o sector da educação está empenhado em garantir a implementação de um ambiente seguro e acolhedor, com o apoio do Programa AGE.
Os chefes das Repartições de Educação Geral participaram esta terça-feira (13 de Agosto) na abertura da reciclagem para os formadores de formadores em escolas seguras e acolhedoras, que decorre na cidade de Nampula.
O Director Adjunto do AGE, Momade Quitine, afirmou que a reciclagem servirá para revisitar alguns dos temas discutidos durante a formação de formadores em escolas seguras e acolhedoras que teve lugar Junho de 2023, além de fortalecer a capacidade em áreas como planos de acção das escolas seguras e acolhedoras, participação comunitária, monitorização e envolvimento dos alunos.
O Programa AGE é implementado pelo CESC em parceria com a Kukumbi, N'weti e Visão Mundial, com fundos da USAID.