Quitério Diogo e Flora de Calole Wassia, jovens moçambicanos activistas do projecto Kuyenda Collective implementado pelo CESC, participam desde sábado (10 de Agosto) em Harare, capital do Zimbabué, no sexto Fórum da Juventude da África Austral (SAYOF, na sigla em inglês), um órgão de coordenação e plataforma regional para jovens e organizações juvenis.
Os dois jovens integraram o painel que discutiu os desafios para o financiamento sustentável da educação e defenderam, durante as suas intervenções, um financiamento equitativo para todas as zonas de Moçambique. "Queremos uma educação que tenha a mesma qualidade quer nas zonas rurais quer nas zonas urbanas, assim como a alocação justa de recursos humanos, materiais e financeiros".
Saúde sexual e reintegração da rapariga grávida na escola foi o primeiro tema discutido no fórum. O representante da SDSR, uma organização de apoio humanitário que actua na área de saúde sexual, partilhou actividades que vem implementando em seis países em parceria com outras organizações que trabalham nas zonas fronteiriças. Um dos objectivos desta organização é engajar jovens voluntários na reintegração da rapariga grávida na escola em colaboração com instituições e líderes religiosos.
Na sessão que discutiu os princípios femininos para a inclusão de género nos avanços das tecnologias de informação, foi definido um pacto digital global feminista que pretende garantir compromissos concretos para proteger os direitos digitais de mulheres, meninas e grupos marginalizados. O pacto digital pretende ainda garantir uma liberdade de género facilitada pela tecnologia, bem como promover os direitos universais à liberdade de expressão, privacidade e de reunião pacífica.
Quitério Diogo e Flora de Calole Wassia participaram no sexto SAYOF em Harare com o apoio do CESC, através do Kuyenda Collective, um projecto regional de promoção de pensamento crítico dos sistemas de educação (acesso, qualidade e relevância dos resultados de aprendizagem) em Moçambique, Tanzânia, Malawi e Zimbabwe.