A vida não para no centro de reassentamento de Marokani, distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado. Em meio a dificuldades impostas pelos ataques terroristas, as “sentinelas de paz e dos conflitos armados” continuam a trabalhar para devolver a esperança às mulheres deslocadas que vivem no centro de reassentamento de Marokani.

Além de promover a paz através de palestras, as “sentinelas de paz” monitoram os casos de violência baseada no género no centro de reassentamento e fazem o encaminhamento para as autoridades, incluindo para os líderes tradicionais.

Entretanto, a falta de meios de trabalho constitui um desafio para as “sentinelas de paz”. Por exemplo, elas dependem de um único telemóvel para comunicar com as autoridades, incluindo para reportar e denunciar casos de violência baseada no género.

As “sentinelas de paz” precisam de um espaço onde possam desenvolver as suas actividades relacionadas com a monitoria de casos de violência baseada no género com maior confidencialidade e segurança.

Muitas vezes as mulheres precisam de um ambiente que garante maior confidencialidade para contarem as acções de violência de que foram vítimas. Por isso, as “sentinelas de paz” disseram que, na falta de melhor solução, um alpendre seria muito importante para transmitir um sentimento de segurança às vítimas de violência baseada no género.

Estas preocupações foram colocadas à representante da ONU Mulheres em Cabo Delgado, Marie Leatitia Kayisire, que esta segunda-feira efectuou uma visita de trabalho ao centro de reassentamento de Marokani para acompanhar de perto as actividades implementadas no âmbito do projecto “Elas por Elas”.

Mas as “sentinelas de paz” não falaram apenas das dificuldades. Elas partilharam histórias de superação e contaram como o seu trabalho está a ajudar as vítimas do conflito armado e da violência baseada no género a acreditar nas suas próprias capacidades e a reconquistar a esperança de dias melhores.

“Elas por Elas” é um projecto que promove a participação e a liderança das mulheres e mulheres jovens nos processos de paz, segurança e recuperação em Moçambique. É implementado por um consórcio de organizações da sociedade civil que integra o CESC, OPHENTA e IESE, em parceria com a ONU Mulheres ((entidade das Nações Unidas para Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres) e o Governo de Moçambique, e com o apoio financeiro do Governo do Reino da Noruega.

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